O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 1,83% em fevereiro, ante 1,82% no mês anterior, divulgou nesta sexta-feira (25) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com este resultado o índice acumula alta 3,68% no ano e de 16,12% em 12 meses. Em fevereiro de 2021, o índice havia subido 2,53% e acumulava alta de 28,94% em 12 meses.
“A inflação ao produtor fechou o mês de fevereiro sob influência dos preços de grandes commodities, como soja (de 4,05% para 8,91%), milho (de 5,64% para 7,92%) e combustíveis, com destaque especial para o óleo Diesel (de 2,30% para 5,53%). A contribuição desses três itens respondeu por 45% da taxa apurada pelo IPA”, afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) subiu 2,36% em fevereiro, ante 2,30% em janeiro. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou 1,21% em fevereiro. No mês anterior, a taxa do grupo havia sido de 0,75%. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos in natura, cuja taxa passou de 1,11% para 6,89%, no mesmo período. O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,69% em fevereiro, ante 0,90% no mês anterior.
A taxa do grupo Bens Intermediários passou de 1,05% em janeiro para 1,50% em fevereiro. O principal responsável por este movimento foi o subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, cujo percentual passou de -0,19% para 5,40%. O índice de Bens Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou 0,85% em fevereiro, após alta de 1,26% em janeiro.
O estágio das Matérias-Primas Brutas registrou alta de 4,16% em fevereiro, contra 4,95% em janeiro. Contribuíram para o recuo da taxa do grupo os seguintes itens: minério de ferro (18,26% para 5,49%), bovinos (1,94% para 0,47%) e mandioca/aipim (3,89% para 0,26%). Em sentido oposto, destacam-se os itens soja em grão (4,05% para 8,91%), algodão em caroço (0,49% para 11,57%) e aves (-5,59% para -0,11%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,33% em fevereiro, ante 0,42% em janeiro. Cinco das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação. A principal contribuição partiu do grupo Educação, Leitura e Recreação (0,94% para -0,10%). Nesta classe de despesa, vale citar o comportamento do item cursos formais, cuja taxa passou de 4,27% em janeiro para 2,02% em fevereiro.
Também apresentaram decréscimo em suas taxas de variação os grupos Vestuário (1,17% para 0,20%), Habitação (0,33% para 0,13%), Alimentação (1,15% para 1,08%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,07% para 0,05%). Nestas classes de despesa, vale mencionar os seguintes itens: roupas (1,29% para 0,32%), condomínio residencial (1,45% para 0,01%), frutas (8,51% para 3,64%), plano e seguro de saúde (-0,29% para -0,49%).
Em contrapartida, os grupos Transportes (-0,17% para 0,26%), Comunicação (0,13% para 0,38%) e Despesas Diversas (0,14% para 0,16%) registraram acréscimo em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, destacaram-se os seguintes itens: gasolina (-1,62% para -0,89%), tarifa de telefone residencial (0,29% para 1,28%) e conselho e associação de classe (0,59% para 1,85%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,48% em fevereiro, ante 0,64% em janeiro. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de janeiro para fevereiro: Materiais e Equipamentos (1,05% para 0,56%), Serviços (1,28% para 1,69%) e Mão de Obra (0,14% para 0,19%).
Fonte: Redação – Indicadores Econômicos